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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O poder do pensamento negativo

Olá amigas, desculpe por não estar postando nada de novo e nem fazendo as visitnhas para vocês, é que estou com um monte de coisinhas pra fazer e resolver, semana que vem eu volto com tudo, Achei muito interesssante esse texto e resolvi postar aqui para vocês, é um texto muito interessante para nós pensarmos um pouquinho.

O poder do pensamento negativo

Jeffrey Nyquist | 29 Novembro 2009
Artigos - Conservadorismo

A abertura das comportas do sim deformou a nossa sociedade. No delicado equilíbrio entre o sim e o não, nós nos inclinamos demais na direção do "sim" e estamos nos tornando uma nação de neuróticos e esquisitões. O homem é limitado e frágil. Ele não é onissapiente nem onipotente.

A palavra mágica é "não". Apesar do que você possa ter ouvido, o poder da palavra "não" é superior ao poder do "sim". A palavra "não" tem mais utilidade, evita problemas inesperados e protege contra ferimentos graves e morte. Quando uma criança está prestes a enfiar um garfo em uma tomada, a palavra "não" salva a criança da eletrocussão. Quando o célebre valentão diz que pode saltar do Grand Canyon em uma motocicleta, a reação apropriada é: "Não, você não deve fazer isso." O poder do pensamento negativo está em consonância com a sobriedade e o comportamento respeitável. Se você não quer ser um viciado em drogas, "just say no".­­1 Se você não quer mais impostos, vote "não" em quase todas as propostas. E se você não quer o socialismo, seu lema é: "No, we can't".2
Eu deveria escrever um livro sobre o poder do pensamento negativo. O primeiro capítulo deveria intitular-se "As terríveis e nefastas conseqüências do sim". Faça a si mesmo uma pergunta simples: seria um "homem-sim" nobre? Você gostaria de viver sem discernimento ou julgamento? É certo buscar a conveniência de todos? A nossa sociedade permissiva está toda fundamentada sobre o "sim", de tal modo que o sim se tornou sinistro. A abertura das comportas do sim deformou a nossa sociedade. No delicado equilíbrio entre o sim e o não, nós nos inclinamos demais na direção do "sim" e estamos nos tornando uma nação de neuróticos e esquisitões. O homem é limitado e frágil. Ele não é onissapiente nem onipotente. Na verdade, todos nós precisamos ser relembrados de nossas limitações. Pense nos prejuízos causados quando dizemos "sim" para os nossos apetites, nossos caprichos e nossos impulsos momentâneos. Se você tem mais de 200 quilos é porque você tem dito "sim" quando deveria dizer "não." Se o seu cartão de crédito está estourado, é porque você vive no mundo do "sim" quando ele deveria ser um mundo do "não".

O segundo capítulo deveria ser intitulado "Cale a boca e fique sentadinho sem se mexer." Todo tolo tem uma opinião sem conhecimento, um impulso sem um plano, uma vontade de mergulhar de cabeça em sabe-se-lá-o-quê. A primeira lição da disciplina é ficar quieto e pensar; mostrar autocontrole. A impulsividade é a essência da vida autodestrutiva baseada no "sim". Siga todos os seus impulsos e não irá muito longe. Contenha-se a si mesmo e talvez você consiga salvar-se. Aliás, quem mais poderia conseguir pará-lo? O fato é: você é o único que tem o poder de parar a si mesmo. Então, cale a boca e fique sentadinho sem se mexer.

O terceiro capítulo deveria ser intitulado "A virtude da culpa." Se você não fez nada de ruim nas últimas semanas ou meses, considere o que passa pela sua cabeça neste exato momento. Você é mau por natureza; logo, é culpado por natureza. Portanto, é apropriado sentir culpa. Não fuja dos problemas. Não seja desleixado e fraco. Estufe o peito e comece novamente. A culpa é aquela chicotada nas costas que foi enviada para melhorar a sua vida. A culpa é desagradável? Deveria ser, e é melhor que seja. Sinta-se culpado com freqüência e tenha muito arrependimento. Pessoas que não se arrependem são perigosas. Elas vão dominar e puxar você para baixo.

O quarto capítulo deveria ser intitulado "Você não é tão especial." Há duas gerações estamos a dizer às crianças que elas são especiais. Por isso, hoje temos o surgimento de geração de adultos deprimidos que precisam ser constantemente fortalecidos. Esse indivíduo exigente, impertinente e que se sente cheio de direitos é um neurótico fraco e emocionalmente instável que se apega ao falso otimismo porque a verdade e a realidade são muito assustadoras e difíceis. É preciso perguntar: O que faz todas essas pessoas "especiais" tão especiais? Não há nada especial em um bebê chorão narcisista, e não há quem goste de autopiedade, choradeira ou lamúria.

O quinto capítulo deveria ser intitulado "Como o medo e a preocupação podem salvá-lo." É isso mesmo! O medo é bom, pois existem pessoas más e nações assustadoras cujos líderes querem contaminá-lo com o antraz. O medo é fundamental para a sobrevivência. Aqueles que nada temem não duram muito neste mundo. Quanto à preocupação, o preocupado mostra uma atitude caridosa. Se você realmente se importa, então você não pode deixar de se preocupar. Aqueles que não se importam com nada são os que jamais se preocupam. Não tendo nada com que se preocupar, são indiferentes e emocionalmente separados dos interesses de toda a raça humana. Se alguém lhe diz para parar de se preocupar e começar a viver no presente, lembre-o de que viver no presente é para crianças e animais. Isso não é para adultos.

O sexto capítulo deveria ser intitulado "Por que o sofrimento é bom." A resposta é simples: o conforto debilita, enquanto o sofrimento o torna mais resistente e o fortalece. Como um famoso guru do fitness disse certa vez: "Sem dor não há benefício".3 Aqueles que sempre estão bem nunca aprendem nem crescem. A melhor educação é conseqüência do fracasso. Se um homem vive todo o tempo sem fracasso, ele não pode ser chamado de "afortunado"; pois ele não aprendeu a verdadeira lição da vida, que é a perda. Quanto mais vivemos, mais perdemos. Com o avanço do tempo, nós perdemos a nossa juventude, a nossa saúde e, finalmente, as nossas vidas. O culto da "vitória" e da "fuga do sofrimento" é artificial e é garantia de um comportamento desajustado.

O sétimo capítulo seria "Perceba quão idiota você realmente é." O antigo ditado "Conhece-te a ti mesmo" é a essência destilada da filosofia. E conhecer a si mesmo é saber que a idiotice é um poço sem fundo. É insondável e sem limite. Não há estupidez que não possa iludir e não há loucura que não possa enganar você. É a célebre frase de Dirty Harry: "Um homem tem de saber suas limitações." Quanto mais esperto você parece a seus próprios olhos, maior a probabilidade de que você esteja se aproximando de um objeto bem sólido prestes a atingir-lhe a cabeça.

Este é o meu conselho a todos: o poder do pensamento negativo é um poder real. E lembrem-se: a palavra mágica é "não".
Notas:

1 - "Just say no", isto é, "apenas diga não", é o título da campanha anti-drogas do governo Reagan.

2 - "No, we can't", ou seja, "Não, não podemos", é paródia de "Yes, we can!" (Sim, nós podemos!"), lema de campanha de Obama à presidência dos EUA.

3 - "No pain, no gain."

Tradução: Rafael Resende Stival, do blog Salmo 12

Revisão: Alessandro Cota

Fonte: http://www.financialsense.com/stormwatch/geo/pastanalysis/2009/0731.html

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